9 de março de 2011

Azeite de Oliva diferença entre o VIRGEM e EXTRA VIRGEM!


Azeite de oliva é o produto obtido 
através do processamento 
do fruto das oliveiras, a azeitona, 
sendo que, para ser denominado como 
azeite de oliva o produto 
não pode apresentar mistura com 
qualquer outro tipo de óleo.

Os azeites virgens dividem-se em:
Azeite de Oliva
EXTRA VIRGEM: 
Azeite excelente, sua acidez, 
expressa em ácido oléico, 
não superior a 1%.  
Não sofre nenhum refino químico, 
por isso é mais puro e mais rico em nutrientes, 
sendo o mais saudável de todos os azeites.

Azeite de Oliva
VIRGEM: 
Azeite de boa qualidade, pode apresentar 
ligeiríssimo defeitos de cheiro e 
sabor quando em comparação 
ao extra virgem, sua acidez, expressa em 
ácido oleico, deve não superior a 2%.

Azeite de Oliva EXTRA VIRGEM: 
é um óleo saudável e o consumo 
traz benefícios para a Saúde !

"Os habitantes dos países mediterrâneos 
possuem uma dieta bastante saudável, 
consumindo altas doses de azeite de oliva, 
frutas, legumes e peixes. 
Dentre esses alimentos o azeite de oliva é 
considerado o principal 
fator para a preservação da saúde 
dessa população. 
Dados de estudos científicos revelam 
que a dieta mediterrânea 
protege a população de doenças 
coronarianas, de câncer, principalmente, 
do intestino e de mama e do envelhecimento".

Um grupo de pesquisadores Europeus do 
"German Cancer Research center, 
Heidelberg, Germany" e do 
"National Institute of Cancer 
Research, Genova, Italy", 
liderados pelo Dr. Robert W. Owen,
 conduziu um estudo, 
no qual foi analisada uma extensa 
bibliografia sobre o 
Azeite de Oliva, sua composição 
e seus efeitos benéficos para a saúde.
Segundo eles, a dieta mediterrânea 
protege a saúde reduzindo as 
taxas de mortalidade por câncer e por 
doenças coronarianas. 
Dados recentes mostram que na Europa, 
a mortalidade por câncer de intestino
e de mama é muito maior nos países 
onde o consumo de azeite de oliva é baixo 
(Escócia, Inglaterra e Dinamarca) 
e muito menor nos países onde 
o consumo do azeite é alto 
(Grécia, Itália e Espanha). 
Por essa razão, é importante estabelecer 
quais os componentes químicos do azeite 
que contribuem para o seu efeito protetor.
Composição do Azeite de Oliva
Há uma grande variedade de estudos que 
analisam os componentes do azeite de oliva. 
Montedoro, Angerosa, Kiritsakis, 
e mais recentemente Owen 
foram alguns dos pesquisadores 
que se dedicaram ao assunto. 
Os estudos mostraram que as 
principais substâncias 
químicas envolvidas na proteção à saúde 
são os fenóis, o esqualeno, a gordura 
monoinsaturada e o ácido oléico.
Montedoro encontrou uma concentração 
de fenóis em torno de 
500mg/kg de azeite, 
o que diverge dos resultados 
do estudo de Owen, 
que identificou uma concentração média 
de 196mg/kg. Este pesquisador provou 
também que as concentrações 
são maiores no Azeite de Oliva 
EXTRA VIRGEM 
do que no Azeite de Oliva VIRGEM
refinado (azeite com alta concentração 
de ácido que precisa ser refinado 
mais uma vez, ou seja, 
"de pior qualidade"). 
Avaliando os diferentes fenóis do 
óleo de oliva identificou o hidroxitirosol, 
o tirosol e o secoiridoide 
em concentrações um 
pouco maiores no 
azeite extravirgem. 
Outro fenol encontrado no 
óleo de oliva foi o lignane, 
também em concentração 
muito maior no óleo extravirgem do 
que no óleo virgem refinado.

Em relação à substância esqualeno, 
Kiritsakis demonstrou que o azeite de oliva 
é o óleo vegetal que contém as maiores 
concentrações deste componente, 
variando de 136 a 708mg/100g de azeite. 
Seus dados estão de acordo com os 
encontrados por Owen, 
que comparou as concentrações 
de esqualeno encontradas no 
azeite extravirgem, 
no azeite virgem refinado e 
nos óleos de sementes 
(milho, girassol e amendoim). 
O óleo extravirgem tinha uma 
concentração de 424mg/kg, 
o virgem refinado 340mg/kg e os 
óleos de semente apenas 24mg/kg.

Capacidade Antioxidante 
do Azeite de Oliva
De acordo com os autores, o potencial 
antioxidante dos componentes fenólicos do 
azeite de oliva tem sido alvo de grande 
interesse, isso devido ao seu efeito protetor 
da saúde e à sua grande capacidade de 
auto-estabilização.Acredita-se que a alta 
concentração de gordura monoinsaturada
 e de ácido oléico exerça um papel 
importante na menor susceptibilidade 
de oxidação do azeite de oliva, pois estas 
substâncias são mais estáveis do que 
as gorduras poliinsaturadas e 
os ácidos linoléicos (substâncias 
presentes em outros óleos vegetais).
Estudos pregressos mostraram que o fenol 
mais responsável pela inibição da 
oxidação é o hidroxitirosol. 
E que o azeite de oliva, tem um 
importante papel na inibição da oxidação 
dentro da luz intestinal. 
Owen estudou o efeito antioxidante 
dentro do intestino, 
comparando os efeitos do azeite de oliva 
extravirgem, do azeite virgem refinado 
e dos outros óleos vegetais. 
Ele notou que os outros óleos vegetais 
apresentaram uma capacidade antioxidante 
mínima dentro do intestino.
Segundo os autores, caso as substâncias 
fenólicas fossem purificadas e isoladas 
do azeite de oliva, elas teriam um 
poder antioxidante muito maior do 
que os medicamentos antioxidantes 
já conhecidos, como os preparados 
de vitamina E, sendo uma ótima opção 
para a prevenção do envelhecimento.

Quais os Mecanismos Envolvidos 
na Proteção à Saúde?
Os autores concluíram que o consumo 
do azeite de oliva é o responsável 
pela baixa incidência de câncer 
e de doenças coronarianas nos 
países mediterrâneos. 
Mas qual seria o mecanismo?
O uso contínuo de azeite de oliva, 
especialmente do azeite extravirgem, 
pode fornecer uma carga suficiente de 
antioxidantes ao corpo, o que pode 
reduzir a oxidação através da inibição da 
peroxidação dos lipídeos, 
fator que está envolvido nas 
doenças coronarianas, 
no câncer e no envelhecimento. 
Por outro lado, todos os componentes 
do óleo de oliva, citados neste artigo, s
ão lipossolúveis (solúveis em gordura), 
o que facilita a sua absorção e 
transporte pelo corpo 
(pois as membranas celulares são 
compostas por lipídeos), 
dessa maneira, a proteção pode se dar 
na mama e em outros órgãos distantes. 
O restante dos componentes 
não absorvidos permanece na luz 
intestinal protegendo as 
células contra a oxidação e, 
conseqüentemente, 
o desenvolvimento do câncer.

O lignane tem sido muito estudado, 
devido ao seu alto poder antioxidante. 
Além desse papel, o lignane 
parece inibir o crescimento celular 
dos cânceres de pele, de mama, 
de pulmão e de intestino. 
Segundo os pesquisadores, 
o mecanismo dessa inibição pode 
ser devido a uma atividade antiviral
 associada a uma 
atividade antioxidante. 
Por outro lado, o lignane tem uma 
estrutura muito 
similar ao do estradiol 
(hormônio feminino, que muitas vezes 
pode estar envolvido no crescimento 
celular de certos cânceres), 
e seu papel anticarcinogênico parece estar 
associado a ações antiestrogênicas. 
Os lignanes também parecem inibir a 
produção de estrogênio pela placenta e 
pelo tecido adiposo, diminuindo as 
taxas do hormônio no sangue.

O esqualeno parece ter um papel importante 
na proteção contra o câncer de pele. 
Essa substância representa
 12% da secreção das glândulas sebáceas. 
O mecanismo de proteção parece 
estar associado a um 
bloqueio contra os raios ultravioletas.

Finalmente, os autores acreditam 
que este estudo trouxe respostas a respeito 
do papel do azeite de oliva, e de seus 
componentes antioxidantes, 
na proteção da saúde contra o câncer, 
a doença coronariana e o envelhecimento. 
Mas ele representa apenas um primeiro 
passo na elucidação dos mecanismos 
dessas doenças e no desenvolvimento de 
estratégias para o 
seu tratamento e prevenção.