22 de fevereiro de 2011

Encanto das Azeitonas

O encanto das azeitonas
Anacreon de Téos 
[13/07/2008]
Um toque especial, algo muito importante. 
A azeitona é referência para um elogio, 
tal o valor que se dá ao seu sabor 
agregado a alguns preparados. 
“É a azeitona da empadinha” 
costuma-se dizer para enaltecer 
alguém ou alguma situação.

E vem de séculos. Na Grécia antiga 
já se falava das oliveiras. 
Contam eles que durante as disputas 
pelas terras onde hoje se encontra a 
cidade de Atenas, a deusa Palas Atenas, 
teria trazido uma oliveira capaz 
de produzir óleo para iluminar a noite 
e suavizar a dor dos feridos, fornecendo 
alimento rico em sabor e energia. 
Já os italianos contam que 
Rômulo e Remo, 
descendentes dos deuses fundadores 
de Roma viram a luz do dia pela primeira
 vez sob os galhos de uma oliveira. 
E Jesus Cristo, antes de ser crucificado, 
orou no Monte das Oliveiras.

A oliveira é conhecida cientificamente 
como Olea europaea L. e uma 
das suas características mais 
marcantes é a longevidade 
cada árvore pode chegar a mais de 
2.500 anos de idade. 
A azeitona verde é o fruto 
não maduro da oliveira.
Para estar apta ao consumo, 
passa por um processo alcalino, 
além de ser colocada na salmoura, 
onde é fermentada para adquirir a textura 
e sabor ideal para ser consumida. 
Já a azeitona preta é o fruto maduro, 
que permanece mais tempo na oliveira. 
Suas principais características são sabor 
levemente amargo, cor escurecida, 
que varia do roxo ao preto, e textura 
um pouco mais mole do que a azeitona verde.

A Vale Fértil, líder em vendas 
de azeitonas no Brasil,
é a única do País a cultivar seu próprio fruto
mantém mais de 2 mil hectares, 
com mais de 1 milhão e 200 mil oliveiras 
aos pés da Cordilheira dos Andes, 
mais precisamente nas províncias de La Rioja,
 Mendoza e San Juan, na Argentina, 
local ideal para a produção do fruto. 
Vindas da Argentina, as azeitonas são 
envasadas na Unidade Industrial da 
Vale Fértil em São José dos Pinhais, 
onde são produzidas anualmente 
12 mil toneladas do fruto.

A azeitona pode estar presente 
à mesa das mais diversas formas. 
Até mesmo puras, como aperitivo, 
ou em forma de pasta, como a Tapenade, 
que, além da azeitona preta, une ainda 
os sabores fortes de alcaparras e anchovas 
e vai muito bem com torradas. 
Também como entrada fria, 
lanche ou aperitivo, uma receita antiga, 
quase secular: Escabeche de carne. 
Uma peça de lagarto é cozida 
em água e vinagre, cortada em 
fatias finíssimas e macerada em 
molho que leva azeitonas verdes, 
anchovas, cebola e muito azeite de oliva. 
Há quem não queira mais nada e 
fique apenas nisso na refeição. 
Como entrada quente, a sugestão 
vem do Avenida Paulista Pizza Bar, 
uma Bruschetta alla Mantova,
 concebida pelo chef Jairo Susyn, 
recém-apresentado pela casa. 
A azeitona compõe o molho, que também 
leva berinjelas e pimentões.
Bom apetite!